quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ciclovias: Um meio de transporte ou risco de morte.


       


       A construção das faixas de ciclovia em São Paulo tem sido tema de debate, tanto na imprensa como na administração pública, onde o Ministério Público entrou forte no tema, nos últimos meses, tudo em defesa da população, já que é seu papel principal.
        O que me deixa perplexo não é fato, de como afirmam as Redes Sociais, oposição e outros meios de comunicação tratar-se de um gravíssimo desperdício de recursos públicos, em um transporte, quase não utilizado, e em uma cidade não planejada para este fim.  Minha perplexidade se dá na forma desatenciosa e prejudicial com que os responsáveis pela implantação deste projeto o fazem, já que não atentam para detalhes que qualquer cidadão menos interessado pode perceber, e, por que não, ficar chocado. Tive o cuidado de fotografar um pequeno trecho, situado na Zona Norte de São Paulo, mais especificamente, na Av. Engenheiro Caetano Álvares, via que liga o bairro do Mandaqui com a Marginal Tietê, via de grande fluxo de veículos, incluindo caminhões, tudo para mostrar o perigo a que são colocados os ciclistas na ciclovia criada pela prefeitura de São Paulo.
        É sobremodo importante que nossos administradores reflitam que, quando idealizam uma ciclovia e incentivam, estimulam, despertam a curiosidade ou até mesmo encorajam a população a utilizá-la, devem estudar e prever suas possíveis consequências relativas a aspectos de segurança, assim, vejamos: como se pode ver na foto, os ciclistas que utilizam esta ciclovia estão concorrendo com veículos de todos os tipos, em elevadas velocidades, proporcionando deslocamentos de ar, quando trata-se de veículos pesados em velocidades mais altas, separados apenas por tachões, que em nada, na realidade separam ou trazem algum tipo de segurança, pois qualquer carro pode invadir a ciclovia, sem o menor esforço.
      Outro dado, extremamente relevante para o tema é o local onde está situada a pista da ciclovia, ou seja, margeando um pequeno muro, de cerca de 1,00 metro de altura, de um córrego bastante alto, com correnteza abundante e que vai desaguar no rio Tietê, a pouco mais de um quilômetro.  Além do aspecto da concorrência de veículos com a ciclovia, a baixa altura do muro, e os vários problemas na pista, como: elevações por excesso de concreto, poças de água e buracos, como pode-se se ver na foto postada no artigo, são disfunções que podem levar a acidentes gravíssimos, inclusive, de lançar o ciclista para dentro do córrego, caso perca o controle.
        O que há de ser verificado pelas autoridades municipais é que um veículo possui toda uma legislação e obrigações para sua utilização, inclusive treinamento e provas para a autorização em conduzi-los. No caso em concreto, há que se considerar que possuímos em nossa cidade, bicicletas de vários tamanhos, alturas e capacidade de velocidade e segurança, além é claro de não esquecermos que seus condutores, além da legislação não exigir treinamento e provas para sua condução, podem ser dos mais variados, tais como: crianças, adultos, idosos, etc., o que nos faz refletir sobre o real perigo a que estão submetidos estes ciclistas, em um local como este, tratado em nosso tema.
        Finalmente, há que se considerar que o objetivo da administração pública é de que o transporte por ciclovias seja alternativo, supondo-se que esta pista seja invadida por muitas bicicletas, ou seja, delírio, no caso em concreto.
       Sinceramente, se eu fosse o administrador daquele bairro, não dormiria tranquilo até que aquela pista fosse removida, pois os gestores públicos devem primar pela segurança e qualidade de vida do cidadão e não criar armadilhas que os coloquem em risco.     

        O objetivo deste artigo é de, sinceramente, contribuir para o aperfeiçoamento da gestão pública de nossa amada cidade.     

Um comentário:

  1. Peço vossa autorização para utilizar a segunda foto, de cima para baixo, desta postagem para usar em um vídeo comentário de uso pessoal e publico sem fins lucrativos.

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