quinta-feira, 16 de abril de 2015

Boechat! A algema era pequena para os punhos serrados do senhor Vaccari.

Prezados amigos, hoje pela manhã, 16/04/15, ao acompanhar, como todas as manhãs, o jornal Café com Jornal, da Rede Bandeirantes de Televisão, na fala do jornalista Ricardo Boechat, pude verificar uma observação bastante interessante sobre a prisão do senhor João Vaccari Neto, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores. O experiente jornalista, em suas observações, pôde, de forma bastante astuta, perceber que referido indigitado autor fora conduzido a prisão sem o uso de algemas. Fez uma notável crítica, já que aos olhos dos brasileiros e da Constituição Federal somos todos iguais perante a lei, assim, deveria, como qualquer cidadão preso, sob a custódia da polícia judiciária, neste caso a Federal, ser conduzido conforme determina a legislação, ou seja, algemado. Grande Boechat, “bingo”, pela sua crítica e perfeita observação, porém como cidadão, preocupado com a gestão pública equilibrada, eficiente, sempre em busca da mantença da ordem pública, acredito que o nobre jornalista deveria ir um pouco mais a fundo no seu raciocínio, já que sempre demonstra muita coragem nos seus comentários.
Onde quero chegar, senhor Boechat?  Se observarmos bem, e tento fazê-lo sempre em meu trabalho, em busca da eficiência na gestão pública, dois dos envolvidos na Operação Lava-Jato não foram conduzidos algemados, são eles: João Vaccari, muito bem observado por vossa senhoria e o senhor Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras. O que vemos em comum entre estes dois senhores, o primeiro, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, homem de confiança do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, o segundo braço direito, do ex-ministro José Dirceu.       
Permita-me tentar fazer uma ilação sobre como, e porque estes policiais federais agem de forma desigual aos demais envolvidos na Operação Lava-Jato. Em uma análise, mesmo que perfunctória, dos acontecimentos o que nos leva a crer é que alguém com superpoderes neste país entra em contato com as lideranças do órgão superior à polícia judiciária, que por sua vez dá uma ligadinha para a polícia judiciária, que dá outra ligadinha para a chefia dos responsáveis pela condução coercitiva destes dois senhores e, tudo resolvido, as algemas não cabem nos punhos serrados dos presos.
Brincadeiras à parte, o que deve ser, de maneira muito séria, observado é que, não seja o motivo da não utilização de algemas nos presos, uma prepotência absoluta por parte dos presos, frente aos policiais, de forma a se recusarem a usá-las, intimidando referidos agentes públicos, a ponto de não o fazê-lo, a motivação, antes mencionada, nos remete a um só pensamento: estamos doentes, contaminados pelo poderio absoluto dos que querem o poder a qualquer custo, que fazem o que querem neste país. Permita-me imaginar que a resistência à prisão destes figurões é muito grande, quase propiciando que não aconteça, mesmo com a suposta prática do crime, porém chega um momento em que o agente público, se não o fizer, estará praticando o crime de prevaricação, ante às denúncias que chegam ao seu conhecimento, assim, o dele “na reta”, não, façamos o que a lei manda, e pronto.      

Esta é uma reflexão a que todos os brasileiros devem fazer, diante da gravidade do momento em que vivemos.    

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