Os políticos deveriam primar pela
ética, legalidade e probidade no âmbito de seus trabalhos.
Há poucos dias recebi um vídeo onde
Celso Russomano, deputado federal por São Paulo, atuando como um verdadeiro
ator no programa Patrulha do Consumidor, que vai ao ar todas as tardes da semana, na
TV Record, protagoniza atos absurdos perante uma balconista de um supermercado.
O parlamentar, já no caixa do
supermercado, abre um pacote de papel higiênico e outro de fósforos, alegando
que gostaria de comprar apenas um item, contido no pacote, por se tratar de
direito do consumidor. A moça do caixa, tenta explicar que esta é a forma de
venda daquele produto e o paladino dos consumidores lhe informa que, caso não
proceda a venda como ele quer, a encaminhará a uma Delegacia de Polícia, por se
tratar de crime.
Em razão deste lamentável
episódio, pesquisei outros vídeos do senhor Celso Russomano e percebi outra
lamentável atitude: liga para a Polícia Militar do estado de São Paulo, se
identifica como deputado Celso Russomano e pede uma viatura, alegando a prática
de crime contra o consumidor.
Em defesa de uma
gestão pública mais justa, honesta, moral, e dentro dos princípios da legalidade,
permitam-me fazer algumas observações ao midiático deputado federal:
-
Eleito pelo povo de São Paulo, com mais de 1,5 milhão de votos, deve o
parlamentar trabalhar no congresso, nas tardes das semanas e não para a
televisão Record, no programa citado;
-
Deveria pautar-se pela ética e, perceber, que a utilização de meios de comunicação
para a divulgação de sua imagem, tudo para sua nova candidatura a Prefeito de
São Paulo é, pelo menos abusiva e antiética, mesmo que fizesse fora do horário
de seu trabalho;
-
Deveria ainda ter um pouco de bom senso e razoabilidade, quando ao acionar a
PMESP – COPOM - 190, que atende a centenas de ocorrências de gravidade, todos
os dias, não utilizar sua condição de deputado federal, já que ali está a
trabalho de uma empresa de comunicação;
-
O que é mais grave! Em todos os vídeos que assisti os policiais militares
chegam ele se entende com a gerência do supermercado e, pasmem, dispensa a
guarnição, agradecendo os bons préstimos que a PMESP sempre lhe dá;
-
Chega ao absurdo de constranger a funcionária do caixa do supermercado,
afirmando que a conduzirá a uma delegacia de Polícia.
Bem,
precisamos entender que o senhor Celso Russomano, pede a guarnição ao COPOM, em decorrência
da prática de crime. Assim, se ele aciona a PMESP, alegando que está ocorrendo
crime, o policial militar, ao se deparar com os fatos deve verificar se a comunicação
é legal, ou seja, se está ocorrendo crime, pois se estiver, deve o policial
militar conduzir as partes para lavratura do Boletim de ocorrência.
Aqui
nasce a ilegalidade, pois havendo crime, o policial militar deve conduzir as
partes à Delegacia de Polícia, ou preencher o Termo Circunstanciado, no caso de
crimes de menor potencial ofensivo. Se o policial militar não o fizer estará
prevaricando, ao deixar que o senhor Celso Russomano conduza a ocorrência.
Assim,
conclui-se que a prática do senhor nobre deputado, que deveria estar no
Congresso Nacional, pois foi eleito para isto é abusiva, imoral com o fito de
se promover, jamais pelo interesse público.
Reflexão:
Finalmente,
sem querer defender qualquer candidato à prefeitura de São Paulo, em 2016,
lembro que estamos passando um perrengue danado com o atual prefeito, senhor
Haddad, com uma administração desastrosa. Assim, Celso Russomano, com a utilização
abusiva dos meios de comunicação virá forte, agressivo, para tentar vencer as
eleições, o que será um verdadeiro atraso para nossa majestosa cidade, que há
tanto sofre com más administrações.
Fantástica essa sua colocação!!!Na rotina do cotidiano acabamos ficando um tanto automatizados, e um problema levantado como este,no texto faz realmente uma diferença na visão de nós cidadãos, responsàveis pela escolha de nossos representantes políticos , hoje tão em baixa. Obrigada.
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