sexta-feira, 22 de maio de 2015

O "Bom Prato" do Governo de SP: Um exemplo da equivocada Repartição das Receitas Tributárias no Brasil. Vale a pena refletir!


                   O programa de segurança alimentar do Governo do Estado de São Paulo, conhecido como Bom Prato, foi criado em dezembro de 2000 com objetivo de oferecer à população de baixa renda, refeições saudáveis e de alta qualidade a custo acessível.
              Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social, atualmente há 48 unidades no Estado, sendo 22 localizadas na Capital e as demais na Grande São Paulo, litoral e interior. A rede de restaurantes Bom Prato serve diariamente cerca de 80 mil refeições (são 78,9 mil durante a semana e mais 3,7 mil no fim de semana, na unidade de Campos Elíseos).
                O almoço tem custo de R$ 1,00 para o usuário. O subsídio governamental é de R$3,50 para adultos e de R$ 4,50 para crianças com até 6 anos, que tem a refeição gratuita.
                 Desde sua implantação, foram servidas mais de 135 milhões de refeições e investidos mais de R$ 320 milhões entre custeio das refeições, implantação e revitalização das unidades.
           O responsável por este importante programa é o estado de São Paulo, com seus 645 municípios e tem como base de arrecadação o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias; IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores e ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação.
             Vale lembrar, que, conforme consta em artigo publicado neste Blog, tomando como base o ano de 2011, a União arrecadou 57,06 dos impostos, os Estados 24,66% e os Municípios 18,28.
Ante o exposto há de se verificar que, com os impostos arrecadados em todo o estado, o programa não atende a mais de 600 municípios do estado de São Paulo, o que gera uma desigualdade aos cidadãos pobres, idosos, aposentados, que pagam impostos igualitariamente e têm as mesmas necessidades.
              Assim como neste programa, este fenômeno pode ser observado em outras áreas de atuação, como é o caso da Segurança Pública, onde há dificuldade em colocar efetivos de policiais militares em todos os municípios, surgindo o fenômeno da criação de guardas municipais ao longo dos últimos anos.
             Assim, há que se refletir sobre este fenômeno em nível de governo federal, já que é o ente que mais arrecada e dada sua burocracia, desorganização, ingerências políticas e ineficiência não consegue distribuir os recursos de maneira justa e equilibrada.
O que se conclui é a necessidade de que os municípios tenham maior expressão na arrecadação dos impostos, com o consequente aumento de responsabilidades, diminuindo a burocracia, aumentando a eficiência dos gastos e, finalmente, proporcionando mais justiça social.          


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