Esta não é a primeira matéria que publico sobre as ciclovias em São Paulo e vou continuar insistindo que práticas de gestão pública devem ser baseadas em atos com responsabilidade e respeito aos cidadãos que pagam seus impostos e merecem um mínimo de consideração.
Vamos fazer uma pequena reflexão sobre este local onde foi implantada esta pista de ciclovia para o trânsito de bicicletas.
Quando o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, constrói uma pista como esta, ou tantas outras que vemos espalhadas pela cidade, com certeza, vislumbra um grande número de ciclistas utilizando-as.
Não é difícil imaginar que, não havendo legislação específica sobre a utilização dessas pistas, qualquer pessoa poderá montar na sua bicicleta e sair por ai pedalando, idosos, crianças de todas as idades, profissionais do ramo ou mesmo aqueles que não detenham muita técnica.
Agora vamos olhar para este local, uma ponte bastante alta, com um muro que não passa de 90 cm de altura, separando as pessoas que transitam na ponte, da queda livre de mais de 8 metros de altura, numa pista de alta velocidade, a Marginal Tietê.
Continuemos: nossa imaginação nos leva a 20 ciclistas, nos dois sentidos, das mais variadas características, transitando em cima dessa ponte, criada pelo Poder Público, para incentivar o uso das bicicletas.
Sem maiores rigores técnicos há que se admitir que, dada a altura que o ciclista ficará sobre o baixíssimo muro, qualquer desequilíbrio causado por um esbarrão, poderá levá-lo a uma queda da ponte para a pista da Marginal Tietê. Sou ciclista e já me deparei com quedas por insegurança, ao passar em locais de acesso restrito, esbarrando em muro ou postes, assim, sei do risco que este local causa aos ciclistas.
Não estamos querendo fazer oposição ao projeto desse prefeito, mas que a sua implantação seja efetuada com cautela, de maneira progressiva, de forma planejada, jamais colocando em risco a vida das pessoas.
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