A Secretaria de Segurança Pública
anunciou em seu site: “O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes,
anunciou um projeto para aprimorar a segurança em fóruns e no entorno: a Diária
Especial do Tribunal de Justiça. A medida visa substituir a segurança privada
nesses locais por policiais militares”.
Algumas considerações sobre o
novo projeto devem ser objeto de reflexão para a população de São Paulo,
conforme passo a descrever:
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Muitos órgãos, não pertencentes à Secretaria de Segurança Pública, como o Tribunal
de Justiça, Ministério Público, Casa Militar do Governador, e outros, já
recebem efetivos da PMESP para a segurança pessoal de autoridades e dos seus patrimônios, sem, obviamente, ter despesas nas suas folhas de pagamento.
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Quando vemos um anúncio como este, devemos observar que mesmo que as horas
extras trabalhadas pelos policiais militares, no entorno dos tribunais e
fóruns, sejam pagas pelo que chamam de: Diária Especial do Tribunal de Justiça,
acarretará um gasto ao estado de São Paulo, bastante significativo, beneficiando
o Poder judiciário.
Ante o exposto indico a leitura
do artigo publicado em nosso blog: Gestores do Bem, www.gestoresdobem.com.br, com o
seguinte tema: “Roubos à Caixas Eletrônicos - Sugestão - Gestores do Bem!”,
onde sugiro o trabalho do policial militar em atividade extra corporação, no
entorno de Bancos privados, remunerado pelos próprios bancos, o que traria
significativo ganho para a segurança pública, diminuído os roubos a caixas
eletrônicos, melhorando o policiamento ostensivo nestes logradouros, com tudo
pago pela iniciativa privada, além de permitir que o efetivo que fosse
utilizado nestes locais se destinasse à periferia.
Assim, acrescente-se que a hora
extra paga pela iniciativa privada não geraria gastos para o estado, além de
não ser incorporada no salário do policial militar (legislação trabalhista
prevê tal incorporação), o que levaria o governo de São Paulo a proporcionar bons
níveis de remuneração aos policiais militares, sem levar em conta as horas
extras.
Finalmente há que se refletir
que, como já divulgado amplamente pela mídia, o estado de São Paulo está com
dificuldade de cumprir Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe o controle de
gastos na União, estados e municípios, em razão da queda na arrecadação de
impostos, o que, por óbvio, nos leva a crer que este não seja o momento para
aperfeiçoar o policiamento no entorno dos tribunais e fóruns, já que temos
setores muito mais críticos, como a periferia, já mencionado acima.
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