quinta-feira, 12 de março de 2015

O Episódio Toffoli - O Maior Exemplo do Brasil Atual!



       Quem conhece um pouco de rotina de tribunais de Justiça, seja na esfera federal ou estadual sabe muito bem que há sessões plenárias, com a presença de todos os magistrados para discussões de assuntos administrativos.   Já trabalhei em Tribunal de Justiça e o que me deixa perplexo é o fato de 10 juízes do Supremo Tribunal Federal, o STF, não terem o bom senso de não permitir esta vergonha nacional. Celso de Mello, simplesmente declina a sua alteração de turma e a solução foi este desastre de exemplo de imoralidade.
        Em uma análise mesmo que perfunctória dos fatos, verifica-se que, nomeado o novo magistrado para aquela corte, seria ele a coordenar ou presidir o julgamento do processo denominado Operação Lava Jato, que envolve, não só parlamentares do Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados) mas servidores do alto escalão do Poder Executivo, como ministros, governadores e para o recheio do bolo, o tesoureiro do PT, senhor João Vaccari Neto.
      Vamos tentar estabelecer um raciocínio lógico deste episódio a que nos leva a crer que o brasileiro virou mesmo motivo de chacota para estes políticos que comandam o país.
        A operação lava Jato, surge no de 2014, antes das eleições, os envolvidos começam a se proteger, tanto para não lhes prejudicar nas eleições mas para as futuras ações que vão correr no Superior Tribunal Federal, STF. Em 11 de julho de 2014, o excelentíssimo juiz Joaquim Barbosa, exonera-se do cargo, abrindo vaga para aquela casa de justiça, momento em que, como todos sabem, tem por dever de ofício, a presidente da república indicar seu sucessor e o Congresso Nacional, após sabatiná-lo aprovar sua indicação.        
           O que ocorre, é que até o momento a presidente da república não fez tal indicação e em virtude do número par de magistrados naquela corte, tanto no tribunal como nas turmas há a necessidade de mais um magistrado para a referida turma que vai julgar, para que não haja possibilidade de dar empate nas votações. Ai começam os raciocínios: caso fosse nomeado um novo juiz, ministro naquela corte, este teria o fardo de presidir tal julgamento, assim a colenda corte de justiça decidiu remover um ministro para a 2ª turma, a que vai julgar os réus da operação Lava Jato, tudo para a melhor eficácia do julgamento. Solução! A que foi exposta logo no início deste texto, nomear o ministro José Antonio Dias Toffoli, que nada mais é do que o advogado do PT, gestão Lula, Advogado Geral da União, gestão Lula, indicado e nomeado pelo mesmo ex-presidente da república, senhor Lula.
        Registre-se ainda que, no dia seguinte aos anúncios destas anomalias, o senhor ministro Dias Toffoli, reuniu-se, no palácio do planalto com a presidente da república, e seus ministros mais próximos, José Eduardo Cardoso, da pasta da justiça e seu Chefe da Casa Civil Aloízio Mercadante Oliva, tudo para tratar de um tal de Registro Civil Nacional, afirmando categoricamente que a agenda já era prevista há muito. E o que é pior o senhor ministro da justiça, ao ser entrevistado a respeito, responde com um sorriso sarcástico que já havia agenda.  O seu sorriso foi um tapa e uma gargalhada na cara de 200 milhões de brasileiros, senhor ministro.
        Para o STF: a única coisa que resta ao brasileiro, ainda esperançoso, é pensar que para este órgão de justiça, o Brasil que se dane, mesmo tendo como obrigação constitucional o dever de zelar pelo nosso maior patrimônio, a Constituição Federal.

         Finalmente, ante todo este estado de situação permita-me uma reflexão de uma frase de Oscar Wilde: O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário