Quem conhece um pouco de rotina
de tribunais de Justiça, seja na esfera federal ou estadual sabe muito bem que
há sessões plenárias, com a presença de todos os magistrados para discussões de
assuntos administrativos. Já trabalhei
em Tribunal de Justiça e o que me deixa perplexo é o fato de 10 juízes do
Supremo Tribunal Federal, o STF, não terem o bom senso de não permitir esta
vergonha nacional. Celso de Mello, simplesmente declina a sua alteração de turma
e a solução foi este desastre de exemplo de imoralidade.
Em uma análise mesmo que
perfunctória dos fatos, verifica-se que, nomeado o novo magistrado para aquela
corte, seria ele a coordenar ou presidir o julgamento do processo denominado
Operação Lava Jato, que envolve, não só parlamentares do Congresso Nacional
(Senado Federal e Câmara dos Deputados) mas servidores do alto escalão do Poder
Executivo, como ministros, governadores e para o recheio do bolo, o tesoureiro
do PT, senhor João Vaccari Neto.
Vamos tentar estabelecer um
raciocínio lógico deste episódio a que nos leva a crer que o brasileiro virou
mesmo motivo de chacota para estes políticos que comandam o país.
A operação lava Jato, surge no de
2014, antes das eleições, os envolvidos começam a se proteger, tanto para não
lhes prejudicar nas eleições mas para as futuras ações que vão correr no
Superior Tribunal Federal, STF. Em 11 de julho de 2014, o excelentíssimo juiz
Joaquim Barbosa, exonera-se do cargo, abrindo vaga para aquela casa de justiça,
momento em que, como todos sabem, tem por dever de ofício, a presidente da
república indicar seu sucessor e o Congresso Nacional, após sabatiná-lo aprovar
sua indicação.
O que ocorre, é que até o momento
a presidente da república não fez tal indicação e em virtude do número par de
magistrados naquela corte, tanto no tribunal como nas turmas há a necessidade
de mais um magistrado para a referida turma que vai julgar, para que não haja
possibilidade de dar empate nas votações. Ai começam os raciocínios: caso fosse
nomeado um novo juiz, ministro naquela corte, este teria o fardo de presidir
tal julgamento, assim a colenda corte de justiça decidiu remover um ministro
para a 2ª turma, a que vai julgar os réus da operação Lava Jato, tudo para a
melhor eficácia do julgamento. Solução! A que foi exposta logo no início deste
texto, nomear o ministro José Antonio Dias Toffoli, que nada mais é do que o
advogado do PT, gestão Lula, Advogado Geral da União, gestão Lula, indicado e
nomeado pelo mesmo ex-presidente da república, senhor Lula.
Registre-se ainda que, no dia
seguinte aos anúncios destas anomalias, o senhor ministro Dias Toffoli,
reuniu-se, no palácio do planalto com a presidente da república, e seus
ministros mais próximos, José Eduardo Cardoso, da pasta da justiça e seu Chefe
da Casa Civil Aloízio Mercadante Oliva, tudo para tratar de um tal de Registro
Civil Nacional, afirmando categoricamente que a agenda já era prevista há
muito. E o que é pior o senhor ministro da justiça, ao ser entrevistado a
respeito, responde com um sorriso sarcástico que já havia agenda. O seu sorriso foi um tapa e uma gargalhada na
cara de 200 milhões de brasileiros, senhor ministro.
Para o STF: a única coisa que
resta ao brasileiro, ainda esperançoso, é pensar que para este órgão de justiça,
o Brasil que se dane, mesmo tendo como obrigação constitucional o dever de
zelar pelo nosso maior patrimônio, a Constituição Federal.
Finalmente, ante todo este estado
de situação permita-me uma reflexão de uma frase de Oscar Wilde: O descontentamento é o primeiro passo na
evolução de um homem ou de uma nação.