sábado, 8 de outubro de 2016

A Síria, o Brasil e 200 milhões de refugiados dormentes, apáticos, indiferentes.

Quando penso na Síria logo me vem a cabeça o dia a dia daquele país após o início da guerra civil existente. São tantos envolvidos no conflito, parte da população revoltada contra o governo, o próprio governo contra os revoltados, a Rússia em apoio ao governo, o estado islâmico tentando tomar o poder em várias regiões e os Estados Unidos da América, alegando lutar contra o estado Islâmico e querendo a renúncia do atual governo.
Vamos fazer uma reflexão: imaginem a quantidade de armamentos utilizados neste conflito, entre material bélico de guerra e os mais diversos tipos de arma, todos os dias e noites, deve ser assustador, um verdadeiro horror para a população que está isenta no conflito. Mas continuemos; notícias de grandes jornais do mundo informam que ao longo de 05 (cinco) anos desse lamentável enfrentamento, foram mortas cerca de 250 mil pessoas no país, número que deveria causar aos brasileiros demasiada perplexidade. Neste cenário, surgem os refugiados, já que o local não permite condições razoáveis de convivência social, saindo pelo mundo e pedindo amparo, nos mais diversos locais, inclusive, em nosso querido país, já que Deus é brasileiro.
Dando continuidade a reflexão, faço uma pequena análise, mesmo que perfunctória, já que é minha área de atuação, gestão pública e segurança pública, no número de mortes, no Brasil, oriundos de homicídios ocorridos no mesmo período da guerra civil que sucede na Síria. Se você estiver entre os 200 milhões citados em meu título do artigo, não sofrerá, não se indagará, aceitará, apenas como mais um dado banalizado pela nossa querida sociedade brasileira. Por ano, no Brasil, ocorrem mais de 60 mil homicídios, 10% chegam ao Inquérito Policial e apenas 5% são elucidados. Fazendo-se uma soma rápida, nos últimos cinco anos, matamos o mesmo número de seres humanos que na Síria.
Se você não quiser se preocupar com este dado e realmente fazer alguma coisa; falar, criticar, escrever para os órgãos de imprensa, exigir providências do governo, ministério público, etc. peço apenas que reflita sobre o seguinte: nos últimos cinco anos, os criminosos da Lava-jato estavam manipulando poder, roubando o dinheiro do povo, os políticos estavam pensando insistentemente na próxima eleição, a imprensa não deu a ênfase necessária para o assunto, preocupando-se apenas em angariar mais audiência para aumentar seus lucros, os governos, federal e estadual nada fizeram para mudar o sistema de segurança pública, com duas polícias que nunca vão se entender, seus impostos, na maioria, continuaram indo para o governo federal se tornar esta fortaleza inatacável. Meus amigos, não sou ninguém, mas peço, que com a leitura deste artigo vocês reflitam, se indignem e comecem a fazer alguma coisa; ou então, se assumirem que fazem parte dos 200 milhões, rogo a Deus que nenhum de vocês tenha que se refugiar na lembrança de um parente que possa fazer parte dos próximos 300 ou 400 mil mortos, dos cinco anos que virão. Abraço!             

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