Foi-se o tempo de que reter informações é garantia de mais poder e estabilidade nas empresas. Com as mudanças em algumas corporações, compartilhar conhecimento passou a ser um princípio fundamental para reduzir a perda de produtividade, de tempo e ainda estimular a criação de novos projetos.
Mas a iniciativa também tem contribuído para quem quer investir na própria carreira.
Uma construtora mirou nas redes sociais e acertou o alvo. Criou um portal para receber ideias, sugestões capazes de atender melhor as necessidades dos consumidores. Há um ano no ar, o portal recebeu mais de duas mil sugestões.
“Se tiver pertinência com aquele empreendimento, viabilidade de custo, processos, e se ele não impacta também na entrega desse empreendimento, é uma ideia que a gente vai implementar”, conta Marcelo Trevisani, especialista em redes sociais da Tecnisa.
Trinta e cinco ideias foram aprovadas e estão em fase de implantação. Algumas fazem parte do projeto de um condomínio, voltado especialmente para a terceira idade. A piscina ganhou corrimão para facilitar o acesso dos mais velhos. No salão de jogos, as portas de vidro foram sinalizadas com fitas adesivas, para evitar acidentes.
Para garantir que todas as inovações adotadas no empreendimento sejam compartilhas no estande de vendas, o coordenador de gestão do conhecimento entra em ação. É dele a missão de treinar os corretores. Mais tarde, essas informações terão que chegar de forma simples e clara a quem mais interessa: o cliente.
Por trabalhar no processo de divulgação do conhecimento dentro da empresa, Juliana foi promovida quatro vezes, com aumentos de salário significativos.
“Quando ela compartilha, ela se expõe, as pessoas enxergam ela, logo ela pode ser promovida e a carreira dela pode ter um salto muito maior do que se ela não compartilhasse nada”, alerta Juliana Pinheiro, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Tecnisa.
Nenhuma grande empresa pode abrir mão dos benefícios de uma política de gestão do conhecimento, diz o diretor de RH da construtora.
“O ganho para a empresa acontece também porque um cliente que é satisfeito ele considera uma nova compra de outra unidade assim que ele tiver oportunidade, ou então ele faz uma recomendação da empresa para outras pessoas que ele sabe que estão em busca de um empreendimento imobiliário”, afirma Marcelo Zappia, diretor de RH da Tecnisa.
Ele garante os profissionais, que não dividem informações, geram perda de tempo e dinheiro à empresa e acabam sendo demitidos.
“Na minha opinião, nós não temos mais espaço para aquele tipo de profissional que se garante no emprego segurando o conhecimento e não transmitindo aquilo que ele sabe para outras pessoas. Não é um modelo que a gente pode usar bastante hoje. Pelo contrário, é um modelo em extinção”, conclui o diretor.
Seg, 09/12/13 por Flávia Sarmento | categoria Sua Carreira
Publicação
Marcelo Gomes Manoel
Coronel Veterano da PMESP e Advogado
Seg, 09/12/13 por Flávia Sarmento | categoria Sua Carreira
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Marcelo Gomes Manoel
Coronel Veterano da PMESP e Advogado
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